quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Os Hitlernautas e os inocentes úteis no ano D - Parte 2
Mauro Santayana escreveu um artigo importantíssimo para Carta Maior com o título “Pearl Harbor e Mariel”, sabemos que Pearl Harbor era a base estadunidense que foi bombardeada pelo Japão na Segunda Guerra Mundial, por sua vez, Mariel é um porto que está sendo construído com apoio financeiro do BNDES em Cuba. Santayana afirma que a vontade de uma pequena parcela da população brasileira seria bombardear Mariel, pois, entende que o BNDES deveria financiar apenas obras no Brasil, penso que esse pessoal matou as aulas de Geografia para assistir algum enlatado americano. No referido artigo, o autor mostra que tais empreendimentos são financiados, ou seja, o BNDES recebe juros e exige em contrapartida que produtos sejam adquiridos no Brasil e empresas brasileiras sejam contratadas para tocar as obras. Assim, o empréstimo é triplamente lucrativo, pois, rende lucros via juros, gera empregos no Brasil e garante vendas nacionais ao estrangeiro e nos alça um degrau acima na geopolítica mundial (aumenta o nosso poder de influência junto à outras nações) o que pode nos render bons negócios no presente e no futuro.
Não se trata da primeira obra realizada no estrangeiro com financiamento nacional, isto é feito desde a época da Ditadura Militar quando dentre outras houve a parceria com o Iraque do ditador Sadam Hussein. Tais financiamentos também ocorreram no Governo FHC quando houve a concessão de empréstimo via BNDES para Cuba (isso mesmo, Cuba) visando a aquisição de ônibus fabricados em solo nacional, lembro que no Governo Lula o BNDES emprestou dinheiro para a construção de uma usina hidrelétrica no Equador. Neste caso, estavam errados os governantes militares, FHC e Lula? Absolutamente, não, e nem a Presidente Dilma está. Como já afirmei, financiar países aliados é reforçar nossos laços de influência, gerar empregos no país e trazer de volta o dinheiro através da venda de produtos e/ou fornecimento de mão de obra nacional, sem falar nos juros a receber.
Lembro que em determinada ocasião durante o Governo Lula, o Papa João Paulo II solicitou que os países ricos perdoassem as dívidas das nações mais pobres do planeta, sendo quase todas africanas. Paupérrimas, tais nações não conseguiam e ainda não conseguem garantir o básico para as suas populações (alimentação, saneamento básico, acesso à medicina, educação, etc.), desta forma, a fome quando não mata deixa sequelas para a vida toda e grande parte das doenças poderia ser evitada se houvesse o tratamento da água e sua oferta à população. Doenças que no Brasil já não matam, em muitos países africanos ceifam a vida de grandes contingentes de crianças. Em grande parte desses países, o analfabetismo é altíssimo, o motivo, a falta de recursos para a universalização do acesso à educação, na prática, o sistema educacional em tais países é extremamente precário além de não chegar onde o aluno está. Nestes países, a AIDS está fora de controle e reduz a expectativa de vida de suas populações. João Paulo II ciente disso fez tal pedido e ouviu uma negativa dos EUA de George W Bush, por sua vez, Lula, acatou a solicitação do Papa, talvez em grande parte sensibilizado por sua própria história de vida onde a pobreza o acompanhou durante toda a sua infância. Pois bem, Lula perdoou a dívida de alguns países africanos paupérrimos, e isso é algo que alguns cidadãos brasileiros nascidos em berço de ouro e que jamais experimentaram ter como companhia diária a insegurança alimentar nunca perdoaram, são cidadãos do próprio umbigo e não do mundo.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Os “Hitlernautas” e os inocentes úteis no ano D
Estamos em ano de Copa do Mundo no Brasil o que coloca o país sob os holofotes internacionais, é também ano de eleições majoritárias e embora muito se tenha discutido a influência do futebol nas eleições, nunca se chegou a nenhuma comprovação científica, mas nessa hora a oposição lembra da frase de Miguel de Cervantes Saavedra em Dom Quixote: “Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay”, dessa forma, certamente haverá fanáticos torcedores pelo fracasso da seleção brasileira e da Copa, pois, desejam que a Copa seja o maior fiasco de todas já realizadas. Pensam que o sucesso da Copa torna mais distante o retorno ao Poder e não têm pudor em torcer contra o Brasil se isto os beneficiar. Já discorremos várias vezes neste espaço sobre aqueles cidadãos que pensam: “quanto pior, melhor”! São pessoas que não conseguem se acostumar com o processo democrático, aliás, democracia é uma palavra que lhes tira o sono, afinal, devem pensar: “como pode quem nasceu na Senzala querer dar opinião? Como pode esse povo da Senzala se achando gente como a gente? Como permitimos que a situação chegasse a esse ponto? Volta Ditadura! Pois enquanto o AI-5 vigorava eu sabia que se alguém falasse ou escrevesse alguma coisa sobre a desumanidade de minha alma e de minhas ações, e, se, (eu disse se) isto tirasse a minha paz de espírito, bastava dar uma “informaçãozinha” para alguns amigos estratégicos que essa pessoa não falaria mais, ou, “não falaria mais””.
Penso que será um ano em que os “Hitlernautas” (extrema direita munida de um PC), aqueles que têm como ofício pregar o ódio, o rancor, o desprezo pelo próximo, ou seja, por aquele que não possui os mesmos valores depositados na conta bancária, que não nasceu no mesmo berço de ouro, que não compartilha dos mesmos ideais buscarão intensificar campanhas de desinformação objetivando confundir a opinião pública para fazer o país retornar aos trilhos do atraso, da injustiça, da desigualdade social sempre crescente, do entreguismo das empresas e das riquezas nacionais, da volta do arrocho do salário mínimo para atender parte do empresariado descontente com a atual política de valorização do salário mínimo, que, apesar de ter sido reajustado sempre acima da inflação nos últimos dez anos ainda não cumpre o artigo constitucional que dele trata.
Como os indicadores mostram que atualmente o país é muito melhor do que quando a direita estava no poder resta aos mesmos, desinformar, difamar, mentir e muitos de tanto mentir chegam a acreditar nas próprias mentiras, parte destes são “Hitlernautas” cujo lema deve ser: “O fracasso do país é o nosso sucesso”! Lançam campanhas na Internet (redes sociais) solicitando às pessoas para que não abasteçam nos Postos BR e não comprem ações da Petrobras de forma que se a Petrobras quebrasse teriam orgasmos múltiplos! O maior sonho dessa gente é que a Petrobras fosse vendida nos moldes da privataria tucana para os Yankees. Os “Hitlernautas” têm uma personalidade que lembra Hitler, sabemos que Hitler era um artista frustrado e os “Hitlernautas” carregam a frustração de não terem nascido em outro país, pois este eles não amam. Há uma parcela da população que se ilude com o discurso dos “Hitlernautas” são os “inocentes úteis”, ou seja, gente que movida pelo senso comum “compra” discursos falsos e não averigua se os fatos correspondem à verdade, pois, se nem todos entendem de Geopolítica ou de História deviam lembrar sempre dos discos de vinil em que ouviam o lado A, mas também o lado B, para depois tirar as conclusões sobre qual lado tem a melhor melodia. Essa parcela da população (inocentes úteis) é massa de manobra, correm para onde os outros estão correndo, e como não pensam são pensados pelos outros.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Uma questão de cultura ou de sua falta – Parte 2
Retornei em janeiro de mais uma viagem de cunho cultural que levei a cabo de forma solitária na companhia da minha velha e boa motocicleta e tive a oportunidade de conhecer o Parque Histórico de Carambeí (que apresenta maquete da vila histórica em 1911 e também uma reprodução dessa mesma vila em tamanho real, além do museu do trator, etc.), pude conhecer através dos objetos de uso rotineiro, um pouco da saga dos pioneiros colonizadores holandeses que acabaram por fundar a Batavo que atualmente pertence a Brasil Foods e o Memorial De Immigrant em Castrolanda que se localiza no interior daquele que é o maior moinho de vento construído fora da Holanda. Os moinhos de vento representam o símbolo maior da Holanda, pois, suas imagens lembram automaticamente aquele país. Dentro do moinho de vento de Castrolanda encontram-se objetos e documentos históricos referentes aos pioneiros colonizadores daquela localidade.
Na continuidade da viagem, além de visitar o Parque Estadual do Guartelá que constituía o ápice da mesma, estabeleci-me em Tibagi e conheci o casario preservado do centro histórico e passei momentos muito agradáveis conhecendo o Museu Histórico que possui várias alas como a de som e imagem (expõe uma coleção de rádios e TVs antigos), a ala indígena e seus pertences característicos; a ala dedicada à presença da Igreja Católica na localidade com a exposição de objetos utilizados pelos religiosos. A ala que mais tempo fiquei foi a que diz respeito à mineração de diamantes no Rio Tibagi onde fortunas foram retiradas e poucos mineradores enriqueceram, pois, o dinheiro ganho por estes, tal como a água, escorreu dentre seus dedos através das festas que contavam sempre com muita bebida e a presença de mulheres agraciadas com diamantes em troca de seus préstimos amorosos.
Em maio de 2008 escrevi um artigo neste espaço com o título “Uma questão de cultura ou de sua falta” em que discorri sobre o estado deplorável do antigo correio que para os mais íntimos da história de Laranjeiras do Sul sabem se tratar da casa do Secretário Geral do Território Federal do Iguaçu (segundo cargo em importância na hierarquia iguaçuana). Naquela ocasião comentei sobre o cuidado com que outros municípios têm com a preservação do patrimônio histórico, algo que por aqui sempre foi pouco valorizado tendo em vista que inúmeras edificações históricas já ruíram ou vieram abaixo para dar lugar a novos prédios.
Naquele artigo comentei sobre o gosto que tenho por visitar casarios históricos preservados e museus que resgatam a história do local e afirmei que “de nada adiantava os visitantes saberem através do portal de entrada do município que Laranjeiras do Sul foi capital do Território Federal do Iguaçu, se o pouco que resta desse período histórico estava sendo tratado com descaso”, mais tarde, mesmo essa inscrição foi retirada e substituída por outra em alusão ao campus da UFFS. Penso que a preservação da história local é a maior demonstração de cultura de um município e a não preservação de edifícios e monumentos históricos a maior prova da pobreza cultural de sua gente. Porém, há alguns dias ao passar pela velha casa em questão tive a grata satisfação de ler cartazes anunciando que a Prefeitura Municipal irá em breve começar a sua restauração, o que me deixou exultante, pois, enquanto visitava museus nas cidades que percorri lembrava sempre da casa histórica em ruínas e da inexistência de um espaço adequado para o resgate histórico da ocupação territorial de nossa querida terrinha. No artigo que escrevi em 2008 receava que um dia tivesse que comentar o desabamento ou a desmontagem da casa em questão, agora aliviado, parabenizo a administração municipal e como cidadão laranjeirense agradeço a cada pessoa que se empenhou para que o projeto de restauração se fizesse viável!
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
De volta ao chão da escola!
Os professores da rede pública estadual de educação retornaram esta semana ao trabalho, voltaram por assim dizer ao “chão da escola”, este espaço que por muitos anos foi dominado por guerreiros incansáveis que hoje descansam da justa batalha que um dia travaram com o objetivo ainda inalcançado, porém, inadiável da transformação de nosso gigantesco país numa “gigantesca nação”. Quero homenagear a todos(as) os/as professores(as) do país aposentados(as) ou da ativa, citando alguns/algumas professores(as) cujos ensinamentos me possibilitaram não somente escrever neste espaço, mas também e principalmente ocupar o sagrado chão da sala de aula, e ser a pessoa que sou. Não tenho como nominar a todos(as), dessa forma a homenagem se estende a todos(as) que de uma forma ou de outra deram sua parcela de contribuição e cujo resultado não é melhor devido às limitações deste escriba nas horas vagas e professor na maior parte do tempo. São eles(as): Prof.ª Therezinha M.M. Andreetta; Prof.ª Inez Bedin Peracchi; Prof. Ivaldir Peracchi; Prof. Arcelino Veronese; Prof. Tácito Carneiro dos Santos; Profª Vera Carvalho.
Lembrando o dia em que pela primeira vez pisei numa escola como docente e do misto de ansiedade, insegurança e orgulho que aquele momento trouxe ao ver do meu lado alguns de meus/minhas ex-professores(as) como colegas, vejo os/as novos(as) professores(as) e como colega lhes dou as boas vindas a esta tão difícil, grandiosa e necessária empreitada, lhes desejo muito sucesso e perseverança. Aproveito a oportunidade para dizer-lhes que aqueles que se aproximam do momento de seu merecido descanso, são profissionais insubstituíveis, como também vocês um dia o serão, pois com o passar dos anos acumularam além do conhecimento dos livros, a sabedoria advinda da experiência. Um dia vocês olharão para trás e verão que com o passar dos anos melhoraram como professores e como seres humanos, é assim para todos(as). Desejo a vocês a paciência que tudo alcança e a humildade que amadurece o fruto sem apodrecer e digo que vejo em vocês pessoas com grande potencial dando seus primeiros passos nessa caminhada que não é eterna, mas sagrada, pois o/a professor(a) em sua missão se faz luz e não permite que a sociedade caminhe na escuridão.
Neste momento lembro-me da Professora Marlei Fernandes de Carvalho (Presidenta da APP – Sindicato), guerreira incansável e líder dos/das educadores(as) na busca de uma Educação Pública, gratuita e de excelente qualidade para todos, ao homenageá-la quero saudar todos os/as colegas educadores(as) (professores(as) e funcionários(as)) que ensinam a cidadania pela prática, que mostram aos/as alunos(as) que a cidadania tal como a liberdade não nos é outorgada, mas sim conquistada na luta incansável mesmo que para isso seja necessário despender a nossa última energia. Quero neste momento agradecer a todos(as) que apoiam e defendem a educação pública, pois sem a participação da sociedade nossos gritos não seriam ouvidos pelas autoridades que muitas vezes fazem ouvidos moucos às solicitações dos profissionais da Educação e convido-os a trazer mais pessoas para empunhar a bandeira da Educação que se não for segurada por todos(as), nunca será desfraldada.
Aos/às educandos(as) lembro-lhes que o Estado não gasta com a sua educação, pois, cada um(a) de vocês é um investimento do Estado do Paraná e do país, e, portanto a cada estudante importa cumprir o papel que lhe cabe, estudando, lapidando suas mentes para um dia contribuir na transformação deste país num verdadeiro lar para todos/as os/as brasileiros/as. Aos/às pais/mães, aos/às alunos(as) e aos/às professores(as) e funcionários(as) lembro que o sucesso jamais é alcançado numa busca solitária, pois, depende da união de todos(as). Que neste ano ímpar (Copa do Mundo e Eleições), o tempo certamente célere, não seja curto demais para alcançarmos as metas a que nos propomos.
Um excelente ano letivo para todos e todas!
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
De Luiza com carinho
Repercutiu muito nas redes sociais a entrevista de Luiza Helena Trajano atual presidente da rede de lojas de varejo Magazine Luiza ao programa Manhattan Connection do canal Globonews¹. Como já havíamos afirmado no artigo “Dando munição para o inimigo” a grande mídia nacional através de seus comentaristas de política e economia bem como uma parcela da sociedade (a extrema direita) parecem sofrer de esquizofrenia (novamente com o perdão das pessoas que sofrem de tal doença e em tratamento buscam a cura, pois existem pessoas que procuram inversamente alimentar a doença). Explica-se a esquizofrenia segundo o famoso Dr. Dráuzio Varella é uma doença psiquiátrica endógena, e a pessoa doente perde o contato com a realidade, tendo alucinações e delírios, para os quais não há argumento nem bom senso que a convença do contrário. Foi essa a impressão que boa parte dos internautas e dos telespectadores teve ao assistir o referido programa, pois, os comentaristas do canal Globonews, como é o costume desse grande grupo de mídia de massa apresentavam seus questionamentos e emitiam suas opiniões com uma forte carga ideológica aparentando estar alheios à realidade dos fatos.
Os jornalistas do programa em suas falas previram uma grande crise para o país, pois, haveria o risco iminente da bolha de consumo estourar e que as vendas no comércio varejista já estavam caindo e a inadimplência aumentando e não vendo outra possibilidade para o comércio com lojas físicas como as do grupo que Luiza representa que não vender para grandes grupos que atuam na internet como o Amazon. Mas tinham diante de si uma empresária do ramo, competente e confiante, que lhes fez firme oposição, dizendo-lhes que o comércio varejista estava vivendo a sua fase de ouro, pois, após três décadas perdidas, as vendas estavam em ascensão e a inadimplência em queda e, ao ouvir uma recusa em aceitar sua argumentação por parte de Diogo Mainardi (em link diretamente de Veneza) afirmou que lhe enviaria por e-mail tais dados. Ainda durante o programa confirmou-se a veracidade das informações de Luiza.
A empresária afirmou que a situação era tal como um copo de água pela metade, alguns o fitam e compreendem que ele está meio vazio (a imprensa faz isso), outros o vêm meio cheio. Diogo Mainardi afirmou ser a própria personificação do copo vazio, ou seja, apenas via o negativo e nisso ele está corretíssimo, pois, não o vi fazer outra coisa desde que Lula assumiu o poder e Dilma o sucedeu, mesmo quando dos maiores acertos destes governantes. Luiza explicou que num país onde há um déficit de vinte milhões de casas exclusivamente para atendimento do Programa “Minha casa, minha vida” e que tais pessoas que hoje moram com seus pais/sogros precisarão mobiliar tais unidades a serem ainda construídas. Afirmou que no momento não há como pensar em uma bolha de consumo prestes a estourar e que vê com otimismo o futuro para o comércio varejista, acredita que com o passar do tempo as coisas mudam e devem ser acompanhadas de perto pelo Governo, mas isso não diz respeito à realidade atual. Eu gostei muito da entrevista de Luiza que, a bem da verdade, desconstruiu os apresentadores falando coisas simples, porém, verdadeiras, ela sabia do que estava falando. Apesar de não ser entusiasta do capitalismo, todos sabem disso, gosto muito de pessoas antenadas com a realidade e que não ficam com o tradicional “mimimi” da direita, que na visão de um professor universitário, vive seus piores momentos, pois, no passado havia representantes da direita que sabiam do que falavam e atualmente desprovidos de inteligência, resta-lhes a torpeza. A única dúvida que ficou é se Mainardi recebeu o e-mail de Luiza, por isso o título desse artigo ou se ela “o poupou” conforme seu indelicado pedido.
Fonte:
1. http://globotv.globo.com/globo-news/manhattan-connection/v/empresaria-fala-sobre-comercio-e-economia-no-brasil/3088745/
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