sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
O dragão chinês – Parte 1
Os chineses sempre consideraram seu país como o “império do meio ou o país do centro do planeta” e nunca ele esteve tão no centro das atenções mundiais como nas últimas duas décadas. A China também era historicamente conhecida como o “Reino do Dragão” e “Dragões ou dragos (do grego drákon, δράκων) são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes. Na China, a presença de dragões na cultura é anterior mesmo à linguagem escrita e persiste até os dias de hoje, quando o dragão é considerado um símbolo nacional chinês. Na cultura chinesa antiga, os dragões possuíam um importante papel na previsão climática, pois eram considerados como os responsáveis pelas chuvas. Assim, era comum associar os dragões com a água e com a fertilidade nos campos, criando uma imagem bastante positiva para eles, mesmo que ainda fossem capazes de causar muita destruição quando enfurecidos, criando grandes tempestades”. ¹
Atualmente um dragão assombra o mundo e ele é chinês e faz mágica, consegue fazer com que a nação mais populosa do mundo cresça há mais de uma década a taxas anuais próximas de dois dígitos e se mantém assim mesmo em época de crise mundial. As taxas não chegam aos dois dígitos somente com muito esforço do governo local para evitar o crescimento desordenado. O país possui uma história milenar, pois é uma das mais antigas civilizações do planeta, inventores da bússola, da pólvora, dos fogos de artifício e de tantas outras coisas copiadas pela civilização ocidental. No século XIX, a então toda poderosa e inescrupulosa Inglaterra impôs ao Reino Chinês a Guerra do Ópio, pois o Imperador chinês ao observar a degradação da sociedade e o empobrecimento do país com o consumo da referida droga comercializada pelos ingleses, resolveu proibir a entrada da mesma no seu território. Os britânicos venceram, cobraram indenizações e tomaram para si a ilha de Hong Kong, devolvendo-a apenas em 1997. Atualmente, Hong Kong é regida pelo sistema “um país, dois sistemas”, assim o capitalismo na ilha foi mantido.
A primeira coisa que chama a atenção sobre a China é a sua população (1,3 bilhão de habitantes), que não é maior graças ao controle de natalidade, em que cada mulher residente em área urbana somente pode ter um(a) filho(a). A exceção é para as que moram no campo que podem ter uma segunda gravidez caso o primeiro nascimento seja de uma menina. Na China as moças quando de seus casamentos acompanham a família dos maridos e por isso a tentativa de um menino para ajudar os pais na lida da roça e amparar os pais na velhice. Devido à política do filho único, infelizmente, existem casos de infanticídios e abortos de bebês do sexo feminino, o que levou as autoridades a proibir os médicos de divulgarem o sexo do bebê quando de exames ecográficos e de fazer campanhas de conscientização e valorização do sexo feminino. Existe até uma preocupação por parte das autoridades referente ao descompasso entre a população feminina e masculina, faltam mulheres e muitos pais se preocupam em acertar casamentos para seus filhos homens. Embora não seja Brasil, as chinesas que desejam ter mais de um filho também dão seu “jeitinho”, o governo descobriu que muitas mulheres estão fazendo tratamentos de fertilidade sem que houvesse necessidade, pois assim aumentam a possibilidade de terem gêmeos. Com o enriquecimento da população chinesa existe outra possibilidade de ter um segundo filho, basta que uma taxa “salgada” para os padrões chineses seja paga ao Governo e que todas as despesas de saúde, educação, etc. sejam arcadas pelos pais, ou seja, o segundo filho nada receberá do Estado.
Referência:
¹. http://pt.wikipedia.org/wiki/Drag%C3%A3o – Acesso em 05 de fevereiro de 2013.
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