Há alguns dias soube que
algumas pessoas se demonstraram interessadas no livro “A Arte da Guerra” após
lerem o artigo “Leia antes que seja tarde” veiculado por este jornal no qual
teço comentários sobre a obra de Sun Tzu. Porém, fiquei particularmente feliz
ao conversar com uma Professora de Educação Física que é também minha amiga que
afirmou ter adorado o referido livro, e, que dele estava extraindo importantes
ensinamentos para a prática desportiva. Disse que comprou o livro após dele
tomar conhecimento através desta coluna. Segundo a professora algumas vezes ela
quer ler algo diferente daquilo que está na onda do momento, os tradicionais
Best Sellers (livros mais vendidos) ou da área específica e gosta de minhas
sugestões. Então sempre que gostar muito de uma obra vou indicá-la aqui como
“Sugestão de Boa Leitura”.
Lembrei-me de Noel Rosa
quando compôs o famoso samba “Com que roupa?” no qual entoava: (...) “E eu
pergunto: com que roupa? Com que roupa que eu vou?” e, parafraseando-o criei o
título do presente artigo, pois, saber que livro comprar é algo muitas vezes
difícil, é necessário ver se o livro em questão agradará ao seu “paladar
literário”, e, mesmo agradando existe a questão do momento, eu sou muito atento
a isso, compro muitos livros, sem ligar para a classificação dos mais vendidos,
mas apenas aqueles que tenho real interesse, algo não muito difícil,
pois, sou bastante eclético, leio sobre quase tudo e não apenas obras da minha
área de formação, costumo ler ao mesmo tempo dois e até três livros, intercalando-os
conforme meu estado de espírito, sublinho e faço anotações naquilo que acho
importante e que possa me ser útil noutro momento.
No entanto, ter vários
livros empilhados para ler, não te dispensa da tarefa de analisar seu momento
para escolher a leitura adequada, nesse instante penso no dilema das mulheres
para escolher a roupa e tento decidir o livro que vou ler. Penso tal como
Monteiro Lobato que “um país se faz com homens e livros”, infelizmente nós
brasileiros lemos muito pouco, e, esta é a causa para o preço “salgado” do
livro, eterna reclamação de muitos leitores e também nem tão leitores assim.
Segundo pesquisa que fiz, mais uma vez a explicação está no Capitalismo, como o
mercado é pequeno, a produção se realiza numa pequena escala o que encarece o
exemplar, se a procura fosse grande a escala de produção seria maior e o preço
por exemplar seria mais baixo.
Para mim livros são como
troféus, leio-os e talvez não os releia, mas adoro vê-los em minha estante,
emprestar somente sobre juramento (de tratá-lo bem, com lealdade, retidão de
caráter, gratidão, etc.) com a mão sobre a Bíblia e com entrega de cópia
autenticada em cartório da certidão de bons antecedentes (criminais)...
(risos), sou realmente ciumento, já perdi livros que não me foram devolvidos e
tive de readquirir e também já recebi livros com manchas que inexistiam. Não
gosto de fotocópias e até o momento resisto ao modelo digital, sei das
vantagens do e-book (livro digital) e das desvantagens da versão tradicional,
porém, penso que a alma do livro está nas folhas de papel que manuseio.
Ao ler sinto grande prazer, esqueço dos problemas, das chateações e viajo
nas linhas e entrelinhas que vislumbro a cada página virada, fazendo as
inter-relações do que leio com leituras anteriores e ao concluir a leitura de
um livro jamais sou o mesmo de antes e a satisfação é tal como se conquistasse
mais um troféu e estivesse diante de um novo amigo de cuja amizade sempre vou
poder contar, pois, livros são amigos eternos.
Nesta
semana, 14/15 de Abril ocorre o centenário do choque com iceberg/naufrágio do
famoso transatlântico Titanic, aproveitando o ensejo, deixo a dica:
Sugestão de Boa Leitura:
FARACO, S. O
Crepúsculo da arrogância, RMS TITANIC minuto a minuto. L&PM editores,
Porto Alegre, 2006.
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