Freire
criticava a educação mecânica e defendia a "leiturização", ou seja,
entender e intervir nas questões sociais. Infelizmente, ainda estamos longe
disso, especialmente nos países pobres, onde o analfabetismo e a "má
formação" (pessoas que leem, mas não refletem) perpetuam desigualdades.
Muitos, mesmo com diplomas, têm visões limitadas do mundo, repetindo opiniões
vazias sem compreender o contexto em que vivem.
A
verdadeira leitura exige reflexão sobre o vivido e o lido, desvendando a
essência das coisas. A educação não pode ser neutra, como pregam os defensores
do neoliberalismo, afinal, essa falsa neutralidade serve aos interesses da
elite. Cabe aos educadores despertar nos alunos a consciência crítica,
mostrando que o sistema atual concentra riqueza e gera fome.
Freire
nos convoca à coerência: unir teoria e prática, sonhar com uma sociedade justa
e lutar por ela. "Estudar é um ato revolucionário", dizia, pois só o
conhecimento liberta. O Brasil, foi criado "de cima para baixo" e
precisa ser reinventado pela educação popular, onde todos sejam construtores da
história, não espectadores.
Tal
qual o filósofo Sócrates, "sabemos que nada sabemos", mas seguimos
aprendendo, porque transformar o mundo começa pela leitura crítica dele.
Afinal, ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo, mas todos podemos lutar por
justiça social.
Sugestão
de boa leitura:
Título: A importância do ato de ler: em três artigos
que se completam.
Autor: Paulo Freire.49 ed.,
São Paulo, Cortez, 2008.
Editora: Cortez,
2008, 49 ed., 104 p.
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