A iniciativa do governador
Ratinho Júnior (PSD) de privatizar escolas públicas paranaenses, causou
polêmica na mídia e, principalmente nas redes sociais. A repercussão foi tão
negativa, que até mesmo o apresentador José Luiz Datena afirmou ser absurdo
privatizar escolas públicas. Sabemos que em toda eleição, o povo quer saber o
plano de governo e os temas centrais são, via de regra, a educação, a segurança
e a saúde. Desta forma, jamais os candidatos neoliberais (direita e extrema
direita) são suficientemente claros quanto a sua política privatista ou de
redução de investimentos em educação, saúde e segurança, afinal, se assim
fossem, suas campanhas naufragariam.
O governo do Paraná sob Ratinho Júnior faz uso de práticas
antissindicais. Tais práticas incluem, retirada de diretores eleitos pela
comunidade escolar de seus cargos; desconto de salários de trabalhadores em
greve sem o devido direito a reposição; imposição de dificuldades/recusa do
desconto via folha de pagamentos das mensalidades dos trabalhadores ao
sindicato, tal fato levou o sindicato a ajuizar recurso (vitorioso) na justiça.
Além disso, a política do vigiar e punir se tornou a regra na educação
paranaense, de tal forma, que muitos são os professores que, por receio, se
recusam a responder questionamentos dos estudantes que, como parte interessada,
desejam saber os motivos de paralisações ou greves. Também há professores que
deixaram de trabalhar de forma a desenvolver a criticidade dos estudantes para
evitar processos na ouvidoria abertos por
denúncias anônimas, que podem (hipoteticamente) partir de elementos perfilados
ideologicamente ao governo contra profissionais que não estejam alinhados (até
nas entrelinhas) com a política educacional de governo.
O estarrecimento da parcela esclarecida e democrática da
sociedade brasileira e internacional veio quando o Governo do Paraná, por meio
da Procuradoria Geral do Estado, pediu a prisão da presidenta da APP -
Sindicato Walkiria Mazetto. A
criminalização de sindicatos e movimentos sociais, bem como de suas lideranças,
é algo comum em ditaduras, assusta pensar que o governante tome tais atitudes
em tempos pretensamente democráticos. Ratinho Júnior tanto fez pela
privatização em seu governo que ficou nu perante a sociedade brasileira,
despido que foi da imagem de democrata. Venceu, mas sua vitória mais parece uma
derrota! Foi uma vitória de Pirro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário