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sábado, 27 de janeiro de 2024

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte IX

 

Em sua obra "A história oculta do sionismo" o escritor e ativista estadunidense Ralph Schoenman afirma que os palestinos são prisioneiros em suas próprias cidades, em suas próprias casas, submetidos a privações de todos os tipos, com um desemprego que alcança a casa dos 70% da população ativa, sem mencionar as humilhações cotidianas. [...] Os relatos de tortura, prisão indiscriminada, destruição de moradias, isolamento de comunidades, cortes de energia, água, alimentos e mesmo assassinatos coletivos como os do campo de refugiados de Jenin em 2002, similar ao de Sabra e Chatila em 1982, que o autor vivenciou in loco, demonstram que a política israelense não sofreu nenhuma modificação.

Os judeus na Segunda Guerra Mundial tiveram como algozes os alemães insuflados pela ideologia nazista e da crença da superioridade da raça ariana, os sionistas constituem também um movimento racista que discrimina os palestinos que também têm direito a ter seu próprio país. O sionismo além de fazer vítimas entre os palestinos também contribui para alimentar o antissemitismo, pois, tanto o povo palestino quanto o povo judeu que não concorda com a forma de agir dos líderes sionistas sofrem as consequências.

O Estado de Israel conta ainda com a proteção da população religiosa do mundo todo que acredita ser Israel o povo escolhido por Deus, e desta forma, vários líderes de países evitam tomar atitudes coercitivas e por outro lado, os judeus são donos de grandes fortunas e de grandes empresas que comandam a economia mundial, e, também, são proprietários de grandes redes de TV, jornais e revistas que manipulam ou omitem a informação referente às ações do Estado de Israel nos massacres contra os palestinos.

SCHOENMAN afirma ainda que “em Israel, da mesma forma que (ocorreu) na África do Sul, a mínima justiça requer o desmantelamento do Estado de Apartheid e sua substituição por uma Palestina Laica e democrática”.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte VIII

 

        É importante que se ressalte que de forma alguma neste artigo se faz a negação do holocausto judeu e de igual forma não se pretende anular ou amenizar o horror pelo qual passou o povo judeu ante as atrocidades cometidas pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. No entanto, a dimensão acerca da propaganda a respeito desse trágico acontecimento histórico não pode deixar de ser objeto de análise, uma vez que a bibliografia e a reflexão acerca dos fatos históricos que permeiam nossos dias evidenciam a utilização consciente da propaganda acerca do holocausto como uma salvaguarda para a justificação de políticas e atitudes que ferem o direito internacional e, mais flagrantemente, os direitos humanos nas terras do Estado de Israel e nos territórios ocupados após a Guerra de 1967.

A jovem Organização das Nações Unidas, que, em 1947 criou Israel num esforço conjunto das nações por meio de seus representantes na II Assembleia Geral liderados pelo brasileiro Osvaldo Aranha, se encontra de braços atados a um regimento interno criado após a Segunda Guerra Mundial e que privilegia os vencedores da Segunda Guerra Mundial, pois, o Conselho de Segurança do qual participam cinco membros permanentes (Rússia, sucessora da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Estados Unidos da América, China, França, Inglaterra e dez membros rotativos escolhidos para mandatos de dois anos), trata de temas que envolvem guerras com o objetivo de apressar Acordos de Paz e que também pode autorizar sanções ou intervenções em países que desrespeitam os direitos humanos.

Israel é um dos lugares do mundo onde mais se desrespeita os direitos humanos, palestinos são presos injustificadamente, as torturas são fatos comuns nos presídios judeus e o direito de propriedade palestino é continuamente violado. Não é assegurado à população palestina o direito de ir e vir nem mesmo em suas terras, e diante do genocídio comandado pelos líderes sionistas, a ONU nada faz, pois, seu regimento interno estabelece que os membros permanentes do Conselho de Segurança têm direito a veto e, dessa forma, se todos os membros do Conselho de Segurança votar em uma intervenção ou para a promoção de uma sanção econômica ou política a Israel e um membro permanente exerce seu poder de veto, a ONU nada pode fazer. Essa é a realidade constante no Conselho de Segurança da ONU cujo desenvolvimento dos debates ninguém sabe como se dará, mas o resultado todos sabem: Os Estados Unidos da América exercerão seu poder de veto e os líderes sionistas poderão continuar promovendo sua limpeza étnica tranquilamente.