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domingo, 19 de novembro de 2023

O sionismo e o apartheid na Terra Santa: do holocausto judeu ao holocausto palestino - parte II

 

            A minha intenção com este artigo é trazer um pouco de luz sobre a questão Israel-palestina que, tal como o holocausto nazista, encontra-se encoberta pela névoa resultante dos filtros ideológicos impostos pela Grande Mídia e pela propaganda sionista efetivada principalmente após a ocupação dos territórios palestinos na Guerra de 1967. Tal propaganda, desde então, utiliza o martírio sofrido pelo povo judeu ante os algozes nazistas na segunda Guerra Mundial com o objetivo de justificar um regime de segregação étnica que traz em seu bojo violações da legislação internacional e dos direitos humanos, sendo que os palestinos expropriados de seu território, conforme fora estabelecido pelo processo de partilha da Organização das Nações Unidas (em fins de 1947) são discriminados ante o povo judeu.

             A ONU e a sociedade internacional, não podem tolerar mais a existência de um regime de apartheid e a prática do genocídio na região da Palestina histórica.

            A humanidade olha com atenção para o Oriente Médio, região que irriga de petróleo as veias da economia mundial fazendo o planeta pulsar, pois, detém cerca de 60% das reservas mundiais de petróleo. Essa região do planeta é considerada um barril de pólvora, pois, a diversidade étnica e religiosa, regimes autoritários e disputas territoriais já deram origem a inúmeras guerras e estão sempre no centro das atenções mundiais, pois, tudo o que acontece nessa região afeta o planeta. No entanto, nem sempre quem acendeu o pavio estava no local, pois, houve ocasiões em que interesses externos motivaram guerras locais, como na época da Guerra Fria, ocasião em que as superpotências, Estados Unidos da América (líder do bloco capitalista) apoiava um lado e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) apoiava o outro lado.

            A Palestina é uma terra milenar considerada sagrada para os cristãos, os muçulmanos e os judeus. Também é para a população mundial que, através de relatos registrados nos livros sagrados de suas religiões, dela tomaram e tomam conhecimento, independentemente do nível de estudo a que as pessoas tiveram acesso. É uma região em que o sangue é derramado há milhares de anos e, também um local em que a paz é efêmera, ou seja, quando ocorre dura pouco.

            Um acordo de paz definitivo é considerado por muitos estudiosos como algo impossível, pois, não há como selar a paz sem que ocorram cessões de ambos os lados, propiciando dessa forma, um diálogo verdadeiro na construção de uma convivência que se pretenda harmônica.

 

 

 

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