domingo, 21 de outubro de 2012
Minha visão sobre Lisarb – Parte 2
Os economistas lisarbianos são considerados estrelas midiáticas, assim, são sempre chamados a darem sua opinião sobre o atual momento da economia do país e como estes têm várias tendências, o povo lisarbiano escolhe de acordo com sua ideologia o “horóscopo” para o país que mais lhe convém, assim é comum ver lisarbianos tentando salvar a alma, rezando por que o mundo vai acabar e outros com sorriso largo porque o “horóscopo” ditado pelo seu economista de plantão afirma que tempos de colheita farta vêm pela frente.
Apesar de a política ser algo tão sério, o povo lisarbiano faz piadas sobre a classe política e ao votar em um candidato com ficha suja, afirma: se eu estivesse lá roubava também e é melhor manter os gatos gordos lá que trocar por gatos magros que ainda vão querer engordar. Aliás, política é algo muito estranho em Lisarb, há pobres que são contrários às reformas que os beneficiariam e que somente votam em candidatos que defendem o ideário da classe burguesa. Há entre esses eleitores pobres a crença de que votando nos candidatos ricos, estes não precisam roubar e assim não haverá corrupção, porém, as investigações sobre a corrupção no país apontam em sentido contrário, pois os políticos corruptos nunca pensam serem ricos demais. Em Lisarb se afirma que “política é igual nuvem, você olha está de um jeito, olha de novo e está diferente”. Assim os políticos situacionistas lisarbianos não têm o menor pudor em defender uma coisa diferente do que o faziam quando estavam na oposição e os da oposição em defenderem o contrário daquilo que sustentavam quando estavam no governo.
Nos últimos anos, Lisarb vem ganhando uma projeção internacional cada vez maior, pois, tornou-se uma das maiores economias do mundo, no entanto, contraditoriamente o país tem um péssimo Índice de Desenvolvimento Humano. Os últimos governantes de Lisarb, vêm promovendo programas de transferência de renda que custam muito pouco e que têm dado um novo alento às classes mais pobres que vêm avançando mais rapidamente que a classe média e alta, tornando-se alvo dos comerciantes, cujas vendas evoluíram com a ascensão socioeconômica dessa significativa parcela da população. Dessa forma, a política atual em Lisarb é distribuir a renda para crescer, justamente o contrário do tempo dos militares em que se falava que “era necessário fazer o bolo crescer para depois dividir”. Apesar do reconhecimento internacional pela melhoria da qualidade de vida da população, parte do povo que se julga muito solidário é contra esse auxílio às camadas mais carentes afirmando se tratar de assistencialismo, o que em outros países chamam de solidariedade ou busca da justiça social.
Ainda sobre política, Lisarb é considerado um dos países mais corruptos do mundo e o pior disso tudo é a naturalidade com que parte considerável da população aceita a situação, inclusive solicitando favores de políticos principalmente em épocas eleitorais. Em Lisarb se fala muito em político corrupto, mas pouco no eleitor corrupto(r), que em troca de favores pessoais vende o futuro do país, do estado ou do município. O grande problema de Lisarb é cultural, somente se tornará um grande país quando seu povo deixar de pensar e agir com mentalidade pequena e se propuser a verdadeiramente construir um grande país, somente assim Lisarb se tornará no Brasil que sonhamos ver realidade.
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