Era o mês de julho de 2011, mais especificamente às 15 horas do dia 8, encontrava-me numa clínica em Curitiba, tendo pela frente uma cirurgia oftálmica; na parte da manhã deixei no mural de recados na sala do curso de formação político sindical que fazia, a seguinte mensagem: “Amigos: Obrigado pela força! Espero “vê-los” em breve!” (risos). E de fato, apesar do erro de ver alguns dias antes no site You Tube como a cirurgia é feita, estava muito confiante, pois, após ter muito hesitado estava convencido dos avanços da medicina oftalmológica, e, até havia escolhido na antevéspera um livro leve para ler após a recuperação (que eu sabia era questão de alguns pares de horas) que tinha por título “Quem mexeu no meu queijo?”.
Os leitores que fazem parte da Educação com certeza já assistiram o vídeo que pode ser acessado no referido site, trata-se da história de quatro personagens, dois ratos e dois humanos, sendo estes últimos do tamanho dos roedores e leva à reflexão sobre a necessidade de observar o ambiente à procura de mudanças e adaptar-se rapidamente a elas, pois muitas vezes as coisas mudam e nunca mais serão as mesmas. Como grande parte das pessoas tem medo de mudanças e têm em si cristalizada a ideia de que mudança é algo ruim, ficam paralisadas num momento em que deviam agir. O medo pode ser algo bom quando evita que a pessoa corra perigos, porém, não pode ser um medo paralisante que a impeça de se movimentar em busca de novos horizontes, para que uma vez vencido o medo, se torne verdadeiramente livre. Trata-se de uma obra que convida à reflexão e que nos provoca a todo o momento a descobrir em qual personagem nos encaixamos, ou seja, percebemos instintivamente as mudanças? Adaptamo-nos rapidamente? Somos resistentes às mudanças? Somos capazes de sacrificar o conforto atual em busca de uma recompensa maior, mas para a qual não há garantia da conquista?
O livro nos instiga a procurar um “novo queijo”, que podemos interpretar como “novos horizontes” ele coloca que este “novo queijo” pode estar em outro lugar ou onde você está, bastando que você mude, para que as coisas mudem, pois, se você está fazendo algo da mesma forma há anos, com certeza não obterá resultados diferentes daqueles habituais. “O maior obstáculo à mudança está dentro de você mesmo e nada muda até você mudar”, assim, o “novo queijo” pode estar em seu atual ambiente de trabalho, bastando que você mude comportamentos improdutivos, ou em outro lugar, outra empresa ou quem sabe abrindo um negócio próprio. Também se refere aos relacionamentos em que o “novo queijo” não necessariamente é um(a) novo(a) companheiro(a), mas uma nova postura quanto a este relacionamento. Segundo o livro há pessoas que nunca mudam e pagam um preço alto por isso, pois elas pensam que não precisam mudar e têm como certa a recompensa de seu “merecido queijo”, são estas pessoas que se irritam se algo acontece e repentinamente ficam sem “queijo”.
A obra é um convite à reflexão, mas, não espere nela encontrar respostas para suas questões existenciais, para estas siga sua intuição, leia-a, ela pode ajudar a tornar claros alguns de seus anseios mais profundos, porém, saiba, nem o autor do livro e nem eu temos qualquer responsabilidade por suas decisões, por isto o título: Pão, pão! Queijo, queijo! Uma coisa é uma coisa! Outra coisa é outra coisa!
ATENÇÃO: A leitura desse livro, apesar de leve, traz o inconveniente de causar água na boca! (risos)
Sugestão de boa leitura:
JOHNSON, Spencer. Quem mexeu no meu queijo? Rio de Janeiro, Editora Record, 2010.
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