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domingo, 30 de outubro de 2011

Óculos!


Óculos!

 “Por que você não olha pra mim? Ô ô / Me diz o que é que eu tenho de mal ô ô / Por que você não olha pra mim? Por trás dessa lente tem um cara legal” (Óculos - Herbert Viana - Paralamas do Sucesso).
Durante muito tempo tive essa música  como um hino pessoal, pudera, usei óculos durante metade do tempo até aqui vivido. Saber que precisaria usar óculos foi para mim um choque naquela fatídica consulta ao oftalmologista, simplesmente não me imaginava os utilizando, embora há algum tempo tinha trocado as carteiras do fundo da sala de aula pela primeira pois já não conseguia ler o quadro de giz. Depois vieram os apelidos, mas, como sabemos se não ligamos, eles não vingam. Depois de tão acostumado chegava a entrar embaixo do chuveiro esquecendo-se de tirá-los. É muito ruim enxergar mal, no caso do estudante pode comprometer até a aprendizagem, não raros casos de déficit de atenção e baixa aprendizagem são resolvidos com uma consulta ao oftalmologista e a utilização de óculos ou lentes. Além disso, a qualidade de vida é afetada com o problema de visão, pois, não reconhecer as pessoas na rua (quando míope) é algo triste e mais ainda por elas pensarem que você é orgulhoso.
Fonte://www.fotos.ntr.br/mulheres-de-oculos/

Muitas vezes encontro estudantes que precisam e se recusam a usar óculos/lentes, e, aí normalmente a questão é a vaidade, pois, pensam que os óculos maltratam a imagem e isso só ocorre quando a armação foi mal escolhida. Mas, quando bem escolhida a armação, os óculos não maltratam a auto-estima, pois, há pessoas que ficam tão bem de óculos que estes acabam por ser um diferencial a compor o seu figurino. No entanto, não se podem admitir prejuízos na qualidade de vida e no futuro profissional da pessoa sob o pretexto da vaidade, pois, faz toda a diferença poder ver o mundo em cores e não em preto e branco, ver a luz onde antes se via apenas sombras.

A medicina tem evoluído muito e a área da oftalmologia não é exceção, tanto que após muito titubear criei coragem e abandonei o meu “hino” e voltei a enxergar perfeitamente sem a utilização de óculos. O milagre? Uma cirurgia a laser e 24 horas depois estava reconhecendo pessoas a distâncias antes impraticáveis sem os óculos. Com os resultados pós-cirúrgicos, veio o arrependimento por não ter feito a cirurgia antes. Como em tudo há o efeito colateral, alguns amigos afirmaram que perdi o meu “ar intelectual” e que no meu caso era só o “ar” mesmo (risos). Tal como as pessoas que amputaram algum membro e ainda o sentem (coisas do cérebro), mesmo não mais utilizando óculos, às vezes levo as mãos para tirá-los  ou colocá-los (risos).
Observação: Caso esteja pensando em “pendurar os óculos”,  procure um médico oftalmologista experiente e renomado  e busque informações a respeito (da cirurgia e do médico). De óculos ou sem óculos, que a paisagem à sua frente seja sempre maravilhosa!